quarta-feira, 2 de maio de 2012

Um mais um também são dois



Olá queridos, hoje citarei um trecho que acho bastante relevante do livro M³ (Mulher – Mãe – Moderna) das jornalistas piauienses, Clarissa Carvalho e Elizângela Carvalho. Super indico esse livro, fala sobre a experiências femininas como mulheres, mães e modernas.

A partir dos ensinamentos da Matemática, aprendemos desde cedo que um mais um é dois. Com o passar do tempo, parece que nos esquecemos dessa regrinha básica e passamos a ver variantes mesmo quando elas não existem. Exemplo disso é a paixão, sentimento pouco racional que nos leva a ter como ideal de parceiro alguém que seja uma cara-metade, alma gêmea, banda da laranja ou demais associações piegas tão projetadas no senso comum.

Apaixonadas, queremos alguém que seja como a gente, saiba reconhecer nossas necessidades, conheça e compreenda nossos sentimentos, faça o que queremos sem que agente precise pedir; enfim, seja um duplo nosso mais completo, pois queremos também que não tenha nossos defeitos e ainda tenha outros atributos físicos (vocês entendem...).

Porém, esquecemos nesse devaneio de voltar às primeiras lições da soma para identificar como é ilógico imaginar que a união de duas pessoas pode chegar a ponto de transformar seres tão únicos em apenas um.

Fora a crença religiosa de que os casamentos transformam dois corpos em apenas um, aprendemos com a Física que dois corpos nunca poderão ocupar o mesmo espaço.

O fato é que sempre veremos o mundo de modo diferente do nosso parceiro, pois ocupamos lugares diferentes no mundo. Da mesma maneira, ninguém conseguirá perceber as coisas exatamente como a gente. Isso tem suas desvantagens, mas também tem seu lado bom. Imaginem viver com alguém que concorda em tudo com você, que pouco soma em suas experiências de vida; afinal, vê as coisas exatamente como você e, além disso, não te dá espaço para ser sujeito de existência irrepetível. Segundo Leonardo Boff: “cada ponto de vista é a vista de um ponto, depende de onde meus pés pisam”.

*Jornalista pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), pós-graduada em Tendências e Perspectivas do Jornalismo (UFPI), mestre na linha Estudos de Linguagem (UFPI) e Editora-Chefe do Jornal O Dia/PI.
* Jornalista pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), Especialista em Tendências e Perspectivas do Jornalismo (UFPI), Mestranda em Antropologia e Arqueologia (UFPI), Professora do curso de Comunicação Social e colunista semanal do Jornal O Dia/PI.

domingo, 22 de abril de 2012

Relacionamentos meia boca



Quem é viva sempre aparece né, por isso estou aqui pra falar sobre os relacionamentos de ‘hoje’, segundo o Wikipédia, um relacionamento é quando as pessoas se comunicam bem. Bom ultimamente tenho visto que parece que a maioria dos homens tem medo das mulheres, talvez seja por elas se sentirem mais independentes, mais soltas, abertas a um relacionamento sem joguinhos pra saber quem “ama” mais. Mas apesar dessa autonomia elas se sentem inseguras ainda porque os homens são confusos.

Hoje a mulher consegue falar mais abertamente sobre SEKSU, nas suas mais variadas formas e posições de sentir prazer, o homem parece que se sente coagido num canto por causa disso porque seu sentimento machista não admite que  as coisas mudaram (HELLO).

Os homens que tenho conversado ultimamente não sabem o que querem, só sabem que querem/precisam ter sempre alguém pra comer, mas sem se interessar pelas qualidades que esse alguém possa possuir e acrescentar na sua medíocre (medíocre de médio, de satisfação com que o que tem) vida.

E nós? Será que devemos aceitar que é o que tem pra hoje, acho que não, temos potenciais para serem reconhecidos. Acho também que a mulher tem aceitado “qualquer coisa”, às vezes por não querer ficar sozinha, se liga menina, você tem que se sentir bem com seu parceiro, tem que se sentir completa e principalmente (sem clichê) única, portanto se o carinha não tá te tratando assim, repense se seu RELACIONAMENTO MEIA BOCA está valendo a pena.

Beaj delícias.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dando uma entradinha!!

Oi gente, não abandonei vocês viu, é que estou com tanto trabalho que minha vida ócio criativa está chegando a 0% e minha vida profissional a 100% hehehe (TRÁGICO), mas enfim, tenho uma história de uma amigo meu quentíssima para contar para vocês seus delícias.

Na cama, sendo protagonista de uma traição (menina noiva há 3 anos e o noivo viajando a trabalho ao interior), ele liga pra o celular dela naquela hora...naquela exata hora... ela pede pra não parar, pra continuar enquanto ela atende o noivo. Com a ligação, a líbido multiplicou-se por 1000 na hora, quanto mais o noivo falava, mais a performance da noiva enriquecia-se (bom pra o protagonista, que era eu), como o melhor fica pra o final, ao despedir-se do noivo, e concominatemente à despedia "boa noite, te amo", noiva e protagonista chegaram ao êxtase simultaneamente...vozes trêmulas e cansativas.
Noivo: _Tá cansada, amor?
Noiva: _ Tô morta da academia


Beaj

domingo, 1 de abril de 2012

Para Sempre



“Sou cabôco do sertão, só tenho amor no coração pra oferecer, a natureza é minha casa, vida viver, tudo pra eu e ocê”, assim era a pessoa que em três meses me fez ver o quanto o dinheiro faz uma pessoa sofrer e mesmo assim continuava feliz por ter os amigos ao seu redor. Simplicidade era seu sobrenome, pagode seu momento preferido, e eu poxa, eu sou uma pessoa que sempre gostei do melhor e não gosto nem um pouco de pagode, então porque namorar uma pessoa que era totalmente oposta a mim? Justamente porque eu sabia que ele tinha muito a me ensinar, era uma pessoa que ria, brincava e adorava estar rodeado pelos amigos, enfim, pelas pessoas que ele amava que tenho certeza que o amavam também. Era uma pessoa espiritualizada, amiga, prestativa, às vezes era difícil lidar com seu gênio forte, com sua teimosia, mas tudo se contornava com muita conversa.

Douglas eu queria fugir dessa data que tanto me fez chorar, só eu sei o quanto está sendo difícil escrever essas palavras. Durante esse ano que se passou eu tentei fugir, tentei esquecer, tentei negar, me isolar, eu senti raiva, me perguntei e perguntei a Deus o porquê, me senti culpada por não ter dado a atenção que você merecia, mas aceitar, sinto muito, eu não consigo. Durante esse ano não teve um dia que não me lembrei de você, do seu sorriso e do modo como falava comigo, eu acho que nunca fui tão amada, tão querida por homem como eu fui por você, obrigada por todos os momentos que vivemos juntos, vou te amar para sempre. 

É muito complicado para superar, mas agradeço a todas as pessoas que estiveram do meu lado, principalmente a minha família e meus amigos, se não fossem vocês eu não sei o que seria de mim. Obrigada de coração.

terça-feira, 20 de março de 2012

Dentro de um abraço


Olá delícias, hoje coloco para vocês um trecho de um livro que estou apaixonada, "Feliz por Nada" da autora Martha Medeiros*. Super indico esse livro, ele trata sobre a questão de  fazer a opção por uma vida conscientemente vivida, mais leve, mas nem por isso menos visceral. Seja você também feliz por nada.


Onde é que você gostaria de estar agora, nesse exato momento?
Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estive, e que não me custaria nada reprisar: num determinado restaurante de uma ilha grega, em diversas praias do Brasil e do mundo, na casa de bons amigos, em algum vilarejo europeu, numa estrada bela e vazia, no meio de um show espetacular, numa sala de cinema assistindo à estreia de um filme muito esperado e, principalmente, no meu quarto e na minha cama, que nenhum hotel cinco estrelas consegue superar – a intimidade da gente é irreproduzível.
Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar: num leito de hospital, numa fila de banco, numa reunião de condomínio, presa num elevador, em meio a um trânsito congestionado, numa cadeira de dentista.
E então? Somando os prós e os contras, as boas e más opções, onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?
Meu palpite: dentro de um abraço.
Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.
Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um recém-contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incer-ta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso.
O rosto contra o peito de quem te abraça, as batidas do coração dele e as suas, o silêncio que sempre se faz durante esse envolvimento físico: nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz nenhuma se faz necessária, está tudo dito.
Que lugar no mundo é melhor para se estar? Na frente de uma lareira com um livro estupendo, em meio a um estádio lotado vendo seu time golear, num almoço em família onde todos estão se divertindo, num final de tarde à beiramar, deitado num parque olhando para o céu, na cama com a pessoa que você mais ama?
Difícil bater essa última alternativa, mas onde começa o amor, senão dentro do primeiro abraço? Alguns o consideram como algo sufocante, querem logo se desvencilhar dele. Até entendo que há momentos em que é preciso estar fora de alcance, livre de qualquer tentáculo. Esse desejo de se manter solto é legítimo, mas hoje me permita não endossar manifestações de alforria. Entrando na semana dos namorados, recomendo fazer reserva num local aconchegante e naturalmente aquecido: dentro de um abraço que te baste.
12 de junho de 2008



*Martha Medeiros nasceu em Porto Alegre e é formada em Comunicação Social. Como poeta, publicou os seguintes livros: Strip Tease(Brasiliense, 1985), Meia-Noite e Um Quarto (L&PM, 1987) Persona Non Grata (L&PM, 1991), De Cara Lavada (L&PM, 1995), Poesia Reunida (L&PM, 1999) e Cartas Extraviadas e Outros Poemas (L&PM, 2001).

domingo, 18 de março de 2012

Paquera no BUS



 Olá pessoais, ando meio sem tempo AND sem inspiração pra escrever. To passando por confusões na minha cabeça, enfim, me perdoem pela falta sim. Vou continuar escrevendo quando puder. Mas vamos ao que interessa, historinha divertida.

Bom, eu ia pra escola de busão, sempre no mesmo horário, sempre o mesmo ônibus, o mesmo motorista e o mesmíssimo cobrador. Por falar em cobrador, demorem pra acreditar, tive um affair com o próprio (quando um amigo meu souber disso ele vai pirar), ahhhhh gente, ele era gentil, era até bonitinho, e convenhamos q adoramos quando alguém está afim de nós, mesmo sabendo que não rolará jamais, faz bem para o nosso ego. Ele ficava me olhando, eu fingia que tava sem graça, nadinhaaa tava era gostando, hahahaha (bixa má). 

Certo dia eu estava com uns problemas, estava triste e ele notou na hora, ficou super preocupado, perguntando o que eu tinha, não disse a ele, mas foi tão legal ver alguém que nem me conhecia se preocupando comigo. Nos final das contas trocaram ele de horário e ficou bem difícil de nos vermos, mas sempre que nos encontrávamos, conversávamos e ele me olhava do mesmo jeito.

Nunca mais o vi, nem sei se ainda o reconheço, mas tenho certeza que ele irá me reconhecer.

Boa semana a todos!! Bjinhos

sexta-feira, 2 de março de 2012

Casais que se magoam e se perdem no carnaval


Delícias coloquei um trecho do texto de Paulo Sternick* publicado na revista CARAS (Ed. 954 - ano 18 - 16/02/2012). Deliciem-se e levem para suas vidas.

Casais que se liberam no carnaval podem se magoar ou até se perder

A folia de Momo, com todo o seu apelo sensual, convida às ruas, aos salões, à liberdade e alguns casais, especialmente os que já enfrentam problemas, muitas vezes decidem se soltar: cada um vai para o seu lado aproveitar a momentânea fuga da realidade. Só que as dores e conquistas nem sempre são equivalentes e o resultado da brincadeira pode ser a dor, a separação, a saudade.

“Mas é carnaval de novo, você se dissolve, e a saudade aumenta.” A bonita letra do fado criado pela compositora e cantora paulistana Maria Gadú traduz a inquietação de muitos pombinhos, especialmente os que não têm certeza se poderão ficar juntos nos dias de folia. Sim, porque se alguns casais só veem no carnaval a oportunidade de viajar e relaxar por alguns dias, e tudo que desejam é se refugiar na montanha, numa praia ensolarada ou até numa metrópole como Nova York, outros são súditos fiéis de Momo, adoram blocos de rua, curtem desfilar nas escolas de samba. Vestindo ou não uma camisa amarela, saem por aí, e nem sempre o fazem ao lado de suas caras-metades.

Claro que brincar a dois, quando o casal está de bem com a vida, pode ser só riso e alegria. Mas é preciso que ambos se protejam do clima de sedução que reina nas ruas, nos bares e nos blocos de suas cidades, preservando com lealdade o bom astral da relação e não deixando que a vaidade de se sentir atraente supere a atenção para com ele ou ela. Afinal, o carnaval dura apenas alguns dias e a vida real prossegue depois do reinado de Momo. No entanto, há pessoas, especialmente as mais jovens, que ficam tão exaltadas com a folia que é como se não pensassem na existência do day after. O entusiasmo lúdico e sensual — estimulado pela imersão na massa — enfraquece os freios da razão e do bom senso. Entende-se que é preciso desligar alguns botões de controle para cair na folia, mas, convenhamos, não precisam ser todos!

A simples proximidade da festa já é capaz de mexer com casais que não andam muito bem das pernas. É que o carnaval traz significação muito forte de prazer, satisfação lúdica e sensual, encontros com amigos, conquistas amorosas, gente bonita e descontraída. Aí, leitor, imagine: o que fazer com uma relação enguiçada exatamente quando essa farra toda rola solta? Alguns insistem e ficam juntos. Estes devem aproveitar o momento para refletir sobre o que está dando errado, fazer um programinha tranquilo, assumira tristeza, e não idealizar a alegria, exagerando a satisfação que estão perdendo, ou a que os outros podem estar experimentando: nada é tão bom, ou eternamente bom, e nada é tão ruim, ou definitivamente ruim.

O Rei Momo, com sua mensagem de alegria e descontração, não imaginou que o carnaval pudesse levantar complexas questões para alguns casais. Claro, sempre houve as desventuras do Pierrô e da Colombina. Afinal, como tudo na vida, nada vem sem o seu contrário, e assim a alegria nem sempre está livre da tristeza. No meio da multidão.


*Paulo Sternick é psicanalista no Rio de Janeiro (Leblon e Teresópolis)